- Félix Rodrigues
Debate dos candidatos pela ilha Terceiras às Regionais de 2020
No debate de ontem da RTP-Açores com os candidatos dos vários partidos concorrentes pelo círculo da ilha Terceira houve um conjunto de aspetos que saltaram à vista:
-A ilha tem graves problemas económicos,
-A ilha tem alguns problemas ambientais,
-Políticas erráticas,
-Um rumo incerto.
-Dificuldade em fixar jovens, o que significa que a sustentabilidade pode ser apregoada mas dificilmente conseguida.
-Muitos dos restantes problemas apresentados são comuns ao resto das ilhas açorianas, com uma ou outra exceção.
Relativamente aos candidatos do PAN e do Livre a prestação foi tão pobre que se percebeu que não percebem o que é a Terceira, por mais pensamento holístico e ecologista que lhe queiram aplicar.
O PAN é contra a monocultura da vaca na Terceira. O que é que fazem os Açores? Como se substitui o setor primário? Não é certamente com hortas urbanas. É contra as touradas. Até se poderia tentar perceber a posição ética. Afinal a posição ética é apenas um nome "Barbárie", ou de outro modo, não é preciso explicar nada nem distinguir touradas à corda de touradas de praça. Qual a diferença entre um cão amarrado com uma trela a passear entre gente e um touro amarrado com uma trela a fazer o mesmo?
O Livre defende tudo com chavões do ecologismo e da sustentabilidade. Foi incapaz de apresentar uma única forma de transição para a sustentabilidade. Ser um partido novo, não significa andar de “aranha” na política como o fazem os bébés que aprendem a andar. É preciso ter pelo menos quatro ou cinco ideias norteadoras às quais se associam quatro ou cinco estratégias, mesmo que utópicas.

Opinião de Félix Rodrigues